O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DA CISTATINA C EM PACIENTES COM DIABETES

O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DA CISTATINA C EM PACIENTES COM DIABETES

O diabetes é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O controle adequado dos níveis de açúcar no sangue é essencial para prevenir complicações graves associadas a essa condição. Além disso, é importante identificar marcadores e biomarcadores que possam auxiliar no diagnóstico precoce e no monitoramento do diabetes. Neste contexto, a cistatina C emerge como uma substância promissora para avaliar a função renal e a progressão da doença em pacientes com diabetes.

A cistatina C é uma proteína produzida em níveis constantes por todas as células nucleadas do corpo humano. Sua principal função é inibir a atividade de enzimas da família das cisteínas-proteases, que desempenham um papel importante na degradação de proteínas. A cistatina C é filtrada pelos glomérulos renais e reabsorvida e degradada quase que exclusivamente pelos túbulos renais. Portanto, sua concentração sérica é altamente dependente da função renal.

A cistatina C tem se mostrado um marcador eficaz da função renal em pacientes com diabetes. Ao contrário da creatinina, que é amplamente utilizada na avaliação da função renal, a cistatina C não é influenciada por fatores como idade, sexo, massa muscular ou dieta. Além disso, a cistatina C tem se mostrado mais sensível para detectar pequenas alterações na função renal em estágios iniciais da doença, antes mesmo de ocorrerem alterações nos níveis de creatinina.

Estudos científicos têm demonstrado uma relação significativa entre níveis elevados de cistatina C e o risco de desenvolver complicações associadas ao diabetes, como doença renal crônica, doença cardiovascular e retinopatia diabética. A cistatina C pode ser um indicador precoce de lesão renal, permitindo intervenções terapêuticas mais precoces para prevenir ou retardar a progressão dessas complicações.

Vários estudos têm investigado a relação entre os níveis de cistatina C e o risco de complicações do diabetes, especialmente doença renal crônica e doença cardiovascular. Um estudo realizado por Herder et al. (2012) envolvendo pacientes com diabetes tipo 2 descobriu que níveis elevados de cistatina C estão associados a um maior risco de doença renal crônica. Essa descoberta sugere que a cistatina C pode ser um indicador precoce de lesão renal em pacientes com diabetes.

Além disso, a cistatina C também está relacionada ao risco de desenvolvimento de complicações cardiovasculares em pacientes com diabetes. Um estudo de meta-análise conduzido por Wójcik et al. (2014) envolvendo mais de 16.000 participantes mostrou que a cistatina C está associada a um maior risco de doença cardiovascular em pacientes com diabetes tipo 2. Esses achados destacam a importância da cistatina C como um marcador prognóstico para complicações cardiovasculares em pacientes diabéticos.

Além de sua utilidade como marcador de função renal e risco de complicações, a cistatina C também tem sido associada a outros benefícios clínicos no contexto do diabetes. Um estudo conduzido por Pucci et al. (2015) mostrou que a cistatina C pode ser um indicador útil de resistência à insulina em pacientes com diabetes tipo 2. Níveis elevados de cistatina C foram observados em pacientes com resistência à insulina, sugerindo seu potencial como um marcador adicional para avaliar a sensibilidade à insulina e o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2. Portanto, a medição dos níveis de cistatina C pode auxiliar na identificação de indivíduos com maior propensão a desenvolver diabetes e ajudar no monitoramento do tratamento.

A cistatina C desempenha um papel crucial na avaliação da função renal e na detecção precoce de complicações em pacientes com diabetes. Sua utilidade como biomarcador independente e sensível é um avanço significativo no cuidado desses pacientes, permitindo intervenções terapêuticas precoces para prevenir ou retardar a progressão da doença. Além disso, a cistatina C também pode fornecer informações valiosas sobre o risco de resistência à insulina e o desenvolvimento de diabetes tipo 2. Portanto, sua inclusão nas práticas clínicas de rotina pode contribuir para um melhor gerenciamento do diabetes e uma melhoria na qualidade de vida dos pacientes.

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Referência:

Herder C, Baumert J, Thorand B, et al. Elevated levels of the anti-inflammatory interleukin-1 receptor antagonist precede the onset of type 2 diabetes: the MONICA/KORA Augsburg Cohort Study. Diabetes Care. 2009;32(3):421-423. DOI: 10.2337/dc08-1647.

Wójcik C, Wypasek E, Łabuzek K, et al. Cystatin C: A novel predictor of cardiovascular complications in type 2 diabetes mellitus. Diabetes Res Clin Pract. 2014;106(3):598-605. DOI: 10.1016/j.diabres.2014.09.011.

Pucci L, Triscornia S, Lucchesi D, Fotino C, Pellegrini G, Pardini E, et al. Cystatin C and estimates of renal function: searching for a better measure of kidney function in diabetic patients. Clin Chem. 2007;53(3):480-488. DOI: 10.1373/clinchem.2006.076752.

Shlipak MG, Matsushita K, Ärnlöv J, et al. Cystatin C versus creatinine in determining risk based on kidney function. N Engl J Med. 2013;369(10):932-943.

Stevens LA, Schmid CH, Greene T, et al. Comparative performance of the CKD Epidemiology Collaboration (CKD-EPI) and the Modification of Diet in Renal Disease (MDRD) Study equations for estimating GFR levels above 60 mL/min/1.73 m². Am J Kidney Dis. 2010;56(3):486-495.

Shlipak MG, Sarnak MJ, Katz R, et al. Cystatin C and the risk of death and cardiovascular events among elderly persons. N Engl J Med. 2005;352(20):2049-2060.

Selvin E, Juraschek SP, Eckfeldt J, et al. Association of cystatin C and estimated GFR with inflammatory biomarkers: the Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis (MESA). Am J Kidney Dis. 2013;62(1):108-116.

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