SETEMBRO AMARELO: CONSCIENTIZAÇÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

SETEMBRO AMARELO: CONSCIENTIZAÇÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

O mês de setembro é marcado por uma campanha de conscientização e prevenção ao suicídio, conhecida como Setembro Amarelo. Esta iniciativa tem como objetivo difundir informações sobre saúde mental, oferecer suporte a pessoas que estejam enfrentando dificuldades emocionais e, sobretudo, combater o estigma associado às doenças mentais. 

O suicídio é um grave problema de saúde pública que afeta pessoas de todas as idades, gêneros e origens. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio anualmente em todo o mundo. Isso significa que a cada 40 segundos, alguém perde a vida para o suicídio. Além disso, estima-se que para cada suicídio consumado, haja um número ainda maior de tentativas frustradas.

Conforme dados da OMS, as taxas globais de suicídio têm apresentado uma tendência de diminuição, entretanto, na região das Américas, os números seguem uma trajetória ascendente. No intervalo entre 2000 e 2019, observou-se uma queda de 36% na taxa global. Em contraste, nesse mesmo período, as Américas enfrentaram um aumento de 17% nas taxas de suicídio.

No contexto brasileiro, as estatísticas também são alarmantes. O país ocupa uma posição preocupante no ranking mundial de suicídios, com taxas superiores à média global. Dados do Ministério da Saúde revelam que, em 2020, mais de 13 mil pessoas tiraram suas próprias vidas no Brasil. Uma das preocupações é a elevada taxa de suicídio em indivíduos com mais de 70 anos, com uma média de 8,9 óbitos por 100 mil nos últimos seis anos, comparada à média nacional de 5,5 por 100 mil. Além disso, o suicídio é a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no país. 

A compreensão dos fatores de risco e proteção é fundamental para a prevenção do suicídio. Entre os fatores de risco, destacam-se transtornos mentais, histórico de tentativas anteriores, isolamento social, acesso a meios letais, entre outros. Por outro lado, o apoio social, o acesso a tratamentos de saúde mental, a capacidade de resolução de problemas e a conexão com atividades significativas são fatores de proteção.

O Setembro Amarelo desencadeou um movimento global que busca destigmatizar as doenças mentais e incentivar conversas abertas sobre saúde mental. A conscientização é o primeiro passo para prevenir o suicídio. Ao disseminar informações precisas e relevantes, a campanha busca educar a população sobre os sinais de alerta e os recursos disponíveis para auxiliar pessoas em situação de vulnerabilidade emocional.

Durante o Setembro Amarelo, diversas ações são realizadas, como palestras, seminários, caminhadas e debates. Nas redes sociais, a hashtag #SetembroAmarelo ganha destaque, promovendo discussões e compartilhamento de experiências. Essas iniciativas não apenas aumentam a conscientização, mas também encorajam pessoas a buscar ajuda profissional e a oferecer apoio a amigos e familiares que possam estar lutando contra problemas emocionais.

No âmbito do SUS há oferta de assistência para indivíduos enfrentando desafios psicológicos através dos recursos disponibilizados pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). A Atenção Primária à Saúde assume a função de entrada para os cuidados e desempenha um papel central na abordagem dos Transtornos Mentais, particularmente os de menor e média intensidade. O cuidado é construído em diferentes níveis de complexidade, sendo os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) – em suas diversas modalidades – pontos estratégicos na RAPS. Estes serviços de saúde, orientados para a comunidade e de abordagem aberta, são compostos por equipes multidisciplinares que trabalham sob uma perspectiva interdisciplinar.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma organização vital na prevenção ao suicídio e apoio à saúde mental. Com atendimento voluntário, sigiloso e gratuito através do telefone 188, chat e e-mail, o CVV oferece um espaço seguro para quem enfrenta crises emocionais e pensamentos suicidas. Seus voluntários, treinados para fornecer apoio empático, desempenham um papel fundamental na desconstrução do estigma das doenças mentais, enquanto suas ações de conscientização contribuem para uma sociedade mais compreensiva e sensível.

Através da disseminação de informações, é possível combater mitos e preconceitos que cercam o suicídio e as doenças mentais. Cada conversa, cada gesto de apoio e cada ato de solidariedade contribuem para a construção de um mundo onde o valor da vida e da saúde mental são reconhecidos e respeitados.

Referências:

World Health Organization (WHO). (2021). Suicide data. 

BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico – Suicídio. 2022

BRASIL. Ministério da Saúde. Anualmente, mais de 700 mil pessoas cometem suicídio, segundo OMS. 2022. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/setembro/anualmente-mais-de-700-mil-pessoas-cometem-suicidio-segundo-oms>.

BRASIL. Ministério da Saúde. Prevenção ao suicídio conta com ligação gratuita em todo país. 2022. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2018/agosto/chamada-gratuita-do-cvv-para-prevencao-ao-suicidio-ja-esta-em-todos-os-estados>.BRASIL. Ministério da Saúde. Taxa de suicídio é maior em idosos com mais de 70 anos. 2017. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2017/outubro/taxa-de-suicidio-e-maior-em-idosos-com-mais-de-70-anos>.

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