PROCALCITONINA E SEU PAPEL NO DIAGNÓSTICO DE INFECÇÕES

PROCALCITONINA E SEU PAPEL NO DIAGNÓSTICO DE INFECÇÕES

A Procalcitonina (PCT) é um pró-hormônio que, em condições habituais, permanece apenas no interior de células específicas na tireóide, sendo o precursor da calcitonina, estando envolvidos na homeostase de cálcio. Em indivíduos saudáveis, os níveis de PCT no sangue ficam abaixo do limite de detecção dos ensaios clínicos (0.01 µg/L). O nível de PCT aumenta rapidamente após uma infecção bacteriana com consequências sistêmicas, fazendo com que possa ocorrer uma significativa produção extratireoidiana dessa substância, especialmente por macrófagos, resultando na sua detecção no sangue periférico, podendo ser detectada como um marcador molecular importante. Ele também pode ser elevado devido a outras situações tais como uma grande cirurgia, queimaduras graves ou em recém-nascidos. No entanto, ele retorna ao respectivo valor normal rapidamente. Infecções virais, colonização bacteriana, infecção localizada, distúrbios alérgicos, doenças autoimunes e rejeição de transplantes, normalmente não induzem uma resposta significativa PCT. 

Dentro os principais estímulos para a secreção da PCT no sangue, estão as infecções bacterianas. Em geral, a PCT é classificada como uma proteína de secreção de fase aguda, e serve como um forte aliado para identificação destas infecções como também para a administração de antibióticos. Sua detecção também tem sido importante para identificação de sepse e na diferenciação por exclusão de outros processos inflamatórios sistêmicos e de infecções virais. Segundo estudos, aproximadamente 80% dos casos em que a PCT está elevada, é um indicativo de infecção bacteriana. Além disso, a elevação dos níveis de procalcitonina está diretamente ligada à ativação da cascata inflamatória, o que significa que sua resposta pode ser rapidamente reduzida pelo efeito antibacteriano dos antibióticos. Essa característica possibilita associar a variação da procalcitonina ao longo do tratamento com a resposta clínica ao tratamento instituído e com a ocorrência de desfechos clínicos relevantes em pacientes graves. Entre esses desfechos estão o tempo de uso de antimicrobianos, o tempo de internação e a taxa de mortalidade.

Pegando o exemplo no diagnóstico da Covid-19, a PCT teve um papel importante na eliminação de quadros inflamatórios relacionados com infecção bacteriana, e deve sempre estar associada com outros parâmetros diagnósticos e clínicos. Existe uma gama de condições em que a identificação da PCT pode ser utilizada, como quadros de meningite, doenças gastrointestinais, renais, câncer e em casos de rejeição para transplante de órgãos. A dosagem rápida e nos pontos de cuidados, como pontos de emergência médica e acompanhamento de casos graves, como UTIs é de extrema importância na tomada de decisões para quadros clínicos que exijam cuidado.

No entanto, é importante ressaltar que a dosagem de PCT não deve ser interpretada isoladamente, e seu valor diagnóstico e prognóstico é mais significativo quando considerado em conjunto com o quadro clínico do paciente. O uso adequado da dosagem de PCT pode contribuir para uma prática médica mais direcionada, promovendo a otimização do tratamento e a melhoria dos desfechos clínicos para os pacientes com suspeita de infecção.

ICHROMA PCT

O teste ichroma PCT é um imunoensaio fluorescente (FIA) para determinação quantitativa de Procalcitonina (PCT) em sangue total/soro/plasma e com uma faixa de medição de 0.1 – 100 ng/ml e apresenta resultados em apenas 12 minutos.

Este teste é útil no auxílio ao diagnóstico e monitoramento de infecção bacteriana e sepses.

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Referências:

Procalcitonin: Reference Range, Interpretation, Collection and Panels. 2017-03-09.

Dandona P, Nix D, Wilson MF, Aljada A, Love J, Assicot M, Bohuon C (December 1994). “Procalcitonin increase after endotoxin injection in normal subjects”. The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism. 79 (6): 1605–8. doi:10.1210/jc.79.6.1605. PMID 7989463

Long SS, Pickering LK, Prober CG, eds. (2012). “Bacterial infections in the neonate”. Principles and Practice of Pediatric Infectious Diseases (4th ed.). Elsevier. ISBN 978-1437727029.

Centers for Disease Control and Prevention. 2021. Healthcare Workers. [online] Available at: <https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/clinical-guidance-management-patients.html#lab-findings> [Accessed 27 April 2021].

Schuetz P, Albrich W, Mueller B (September 2011). “Procalcitonin for diagnosis of infection and guide to antibiotic decisions: past, present and future”. BMC Medicine. 9: 107. doi:10.1186/1741-7015-9-107. PMC 3186747. PMID 21936959

Meisner M, Tschaikowsky K, Palmaers T, Schmidt J (1999). “Comparison of procalcitonin (PCT) and C-reactive protein (CRP) plasma concentrations at different SOFA scores during the course of sepsis and MODS”. Critical Care. 3 (1): 45–50. doi:10.1186/cc306

Christ-Crain M, Müller B. Procalcitonin in bacterial infections hype, hope, more or less? Swiss Med Wkly. 2005;135(31-32):451-60.

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