O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA PROMAÇÃO DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS

O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA PROMAÇÃO DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS

O uso inadequado de medicamentos é um problema grave de saúde pública e é prevalente em todo o mundo, podendo causar sérios danos à saúde de toda a população por interferir no tempo de tratamento e poder causar problemas relacionados a interação medicamentosa e resistência bacteriana, por exemplo. Contribuem para o uso irracional de medicamentos alguns fatores como a compulsão dos pacientes por tomar remédios, a propaganda de medicamentos nas mídias, a multiplicidade de produtos farmacêuticos disponíveis e a internet como veículo de fácil acesso para aquisição desses medicamentos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Uso Racional de Medicamentos (URM) ocorre quando o paciente recebe o medicamento adequado para sua condição clínica, em doses suficientes às necessidades individuais, por um período apropriado e ao menor custo possível para ele e sua comunidade.

O URM se configura então como uma estratégia para melhorar a segurança e eficácia do uso de medicamentos e refere-se ao uso adequado e apropriado destes. Esta estratégia se concentra na seleção, dosagem, duração, monitoramento e avaliação dos medicamentos que utiliza, com o objetivo de obter o melhor resultado terapêutico possível. O URM também inclui a prevenção e o gerenciamento de efeitos secundários, a redução de custos e a promoção de um uso responsável dos medicamentos, evitando a automedicação e seguindo as recomendações do médico ou farmacêutico.

A automedicação é um hábito que está presente em todo o mundo. Dados do Conselho Federal de Medicina indicam que 77% dos brasileiros fazem o uso de medicamentos sem qualquer orientação médica e, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cerca de 18% das mortes por envenenamento no país podem ser atribuídas à automedicação, e 23% dos casos de intoxicação infantil estão ligados a ingestão acidental de medicamentos armazenados em casa de forma incorreta.

A tragédia envolvendo o uso do medicamento Talidomida por gestantes em 1962 resultou em uma nova forma de encarar o uso de medicamentos e o início de um novo modelo de prática farmacêutica, passando a atentar-se a farmacoterapia do paciente e ao surgimento de ações de farmacovigilância, que se baseia na detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados ao medicamento (PRM).

PAPEL DO FARMACÊUTICO

Nesse novo modelo da prática farmacêutica, o farmacêutico concentra-se para a atenção ao paciente e o medicamento passa a ser visto como uma ferramenta essencial para alcançar resultados, seja este curativo, preventivo ou paliativo.

O farmacêutico possui um papel importante na promoção do URM e a Assistência Farmacêutica (AF) promove a difusão de informações para a promoção do URM por meio de ações que disciplinem a prescrição, a dispensação e o consumo, formando um conjunto de serviços que visam proporcionar uma melhor eficiência à gestão da terapêutica

Entre as responsabilidades do farmacêutico em relação ao URM, estão incluídos os seguintes:

Em resumo, o farmacêutico é um membro chave na atenção ao paciente e é responsável por garantir que os pacientes recebam medicamentos seguros e eficazes. E, para que isso ocorra de forma adequada, esse profissional tem como ferramentas a atenção farmacêutica, assistência farmacêutica e a intervenção farmacêutica que o possibilitam realizar seu trabalho de uma forma contínua e ativa, colaborando para o avanço da qualidade de vida do paciente no que se refere a promoção da saúde e URM.

Referências:

MELO, R. C.; PAUFERRO, M. R. V. Educação em saúde para a promoção do uso racional de medicamentos e as contribuições do farmacêutico neste contexto / Health education to provide the rational use of medications and the pharmacist’s contributions in this context. Brazilian Journal of Development[S. l.], v. 6, n. 5, p. 32162–32173, 2020. DOI: 10.34117/bjdv6n5-603. 

SANTANA, Kamila Dos Santos. O papel do profissional farmacêutico na promoção da saúde e do uso racional de medicamentos. 2017.

Melo, Daniela Oliveira de e Castro, Lia Lusitana Cardozo deA contribuição do farmacêutico para a promoção do acesso e uso racional de medicamentos essenciais no SUS. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2017, v. 22, n. 1. pp. 235-244.

SOTERIO, Karine Azeredo; DOS SANTOS, Marlise Araújo. A automedicação no Brasil e a importância do farmacêutico na orientação do uso racional de medicamentos de venda livre: uma revisão. Revista da Graduação, v. 9, n. 2, 2016.

OS RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO AUMENTARAM COM A PANDEMIA. COPASS Saúde, 2021. Disponível em: < https://copass-saude.com.br/posts/os-riscos-da-automedicacao-aumentaram-com-a-pandemia>.

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