O IMPACTO DO DESCARTE INCORRETO DE PRODUTOS PARA A SAÚDE NO MEIO AMBIENTE

O IMPACTO DO DESCARTE INCORRETO DE PRODUTOS PARA A SAÚDE NO MEIO AMBIENTE

No Brasil existe uma farmácia (ou drogaria) para cada 3.300 habitantes e o País está entre os dez que mais consomem medicamentos no mundo, segundo dados do Conselho Federal de Farmácia. A venda de medicamentos em farmácias no país já alcançou 57 bilhões, com 162 bilhões de doses comercializadas.

Com o elevado consumo de medicamentos, surge a preocupação com o descarte e gerenciamento destes resíduos e, embora esse descarte inadequado cause impactos em menor escala em comparação a outras atividades que utilizam fármacos, como a atividade agropecuária, ele também pode contaminar o meio ambiente e não deve ser ignorado.

Apesar de existirem normas, protocolos e leis que regem a forma correta do descarte dos medicamentos, a população não é orientada no momento da obtenção do medicamento, seja durante a aquisição em drogarias, Estratégia de Saúde da Família ou hospitais em como proceder com os medicamentos vencidos ou não utilizados. E, deste modo, muitos desses medicamentos acabam sendo descartados de forma errônea, muitas vezes esse descarte é feito no lixo comum ou na rede de esgoto, o que poderá gerar grandes contaminações ambientais e a reutilização indevida por pessoas carentes podendo gerar intoxicações e graves reações adversas.

Estima-se que cerca de 30 mil toneladas de medicamentos sejam descartadas pelos consumidores todos os anos no país e cerca de 20% de todos os medicamentos utilizados no mundo são descartados de forma irregular.

O descarte incorreto de medicamentos pode causar danos graves à saúde humana e ao meio ambiente. O risco que o meio ambiente pode sofrer com os resíduos medicamentosos vai depender, em primeiro lugar, do grau de toxicidade e, em segundo lugar, do seu alcance de concentração nos ecossistemas, em função da resistência à degradação. Alguns medicamentos podem contaminar água e solo, afetando a vida selvagem e a cadeia alimentar. Além disso, o descarte inadequado de medicamentos pode permitir que substâncias perigosas sejam consumidas ou entrem em contato com a pele, o que pode ser perigoso para a saúde humana.

Alguns exemplos desses problemas incluem:

É importante seguir as diretrizes de descarte correto de medicamentos seguindo as instruções da Anvisa ou das autoridades locais para proteger a si mesmo e o meio ambiente. Algumas farmácias também oferecem programas de coleta segura de medicamentos. O descarte de medicamento no Brasil é abordado no regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde e pela Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) n° 358, de 29 de abril de 2005, que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.

Para fazer o descarte de medicamentos vencidos e em desuso, encaminhe a embalagem secundária para a reciclagem comum e guarde o blister ou vidro para o destino especial – os pontos de descarte de medicamentos. Nunca descarte medicamentos na pia, lixo ou vaso sanitário, guarde-os e separe-os para o descarte correto posterior.

No site do eCycle é possível consultar os locais de descarte de medicamentos e de outros produtos inserindo a localidade desejada, acesse https://www.ecycle.com.br/postos/reciclagem.php e consulte o local mais próximo perto de você! Faça sua parte!

Referências:

DE OLIVEIRA LEMES, Erick et al. Consequências do Descarte Incorreto de Medicamentos. Ensaios e Ciência C Biológicas Agrárias e da Saúde, v. 25, n. 4, p. 432-436, 2021.

FERREIRA, Caroline Monteiro; ABREU, Debora Silva de França; RAPADO, Ludmila Nakamura. Estudo relacionado ao descarte de medicamentos. Revista Expressão da Estácio, v. 2, n. 1, 2019.

DESCARTE DE MEDICAMENTOS: SAIBA COMO FAZER. eCycle, 2022. Disponível em: < https://www.ecycle.com.br/descarte-de-medicamentos/>.

MORRETTO, Andressa Cristina et al. Descarte de medicamentos: como a falta de conhecimento da população pode afetar o meio ambiente. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Consumo de medicamentos: um autocuidado perigoso. Conselho Nacional de Saúde – CNS, 2005. Disponível em: < http://www.conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2005/medicamentos.htm>.

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