A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DA FIV E FELV EM GATOS

A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DA FIV E FELV EM GATOS

A FIV e FeLV são duas doenças diferentes que acometem os gatos domésticos e silvestres de todas as idades e possuem uma alta prevalência mundial. Nem todos os gatos infectados irão manifestar sintomas da doença durante a vida e, mesmo essas doenças não tendo cura, existem, hoje, tratamentos capazes de manter a qualidade de vida do felino por muitos anos. E, por isso, a prevenção e testagem precoce é fundamental para a não disseminação e contágio da doença, assim como para a escolha uma melhor e rápida abordagem terapêutica.

Tanto o vírus da imunodeficiência felina (FIV) quanto o vírus da leucemia felina (FeLV) são retrovírus com uma estrutura de três camadas semelhante, sendo na camada mais interna onde se localiza o material genético viral (duas cópias de RNA de fita simples), enzimas essencial para a atividade viral e proteína do nucleocapsídeo. Já na camada externa está o envelope a partir do qual se projetam “picos” de glicoproteína, que são importantes para a ligação do vírus aos receptores da superfície celular e, assim, determinam em grande parte o tropismo celular, e representam um alvo importante para a resposta imune dos gatos.

A infecção causada pelo vírus da FeLV acarreta uma doença de grande importância e de altíssima prevalência entre os gatos de todo o mundo, por ser manifestada por várias formas clínicas e patológicas. Quando o felino é exposto ao vírus ele pode apresentar infecção regressiva ou progressiva, dependendo da sua resposta imune, o que vai determinar a sintomatologia do animal. A doença pode se manifestar tanto de forma neoplásica, quanto não neoplásica e imunossupressora, e sua gravidade varia dependendo das características genéticas da variante infectante do vírus.  É de fácil transmissão durante o contato entre animais sadios e infectados, uma vez que sua principal fonte contaminante é a saliva, podendo ser inoculado no animal sadios através de lambeduras e mordidas, por exemplo. Testes e protocolos de vacinas com a V5, conscientização dos tutores e veterinários podem ajudar a não disseminação da doença e são essenciais para a prevenção da infecção pelo vírus.

O vírus da FIV é pertencente ao gênero Lentivirus e tem ocorrência mundial. Gatos infectados apresentam transtornos no sistema hematopoiético como anemia e principalmente um quadro de imunodeficiência o que predispõem os gatos infectados a infecções oportunistas. A atividade da enzima transcriptase reversa e os mecanismos patogênicos magnésio dependentes são responsáveis por distúrbios imunológicos em felinos semelhantes aos observados em pacientes humanos infectados pelo HIV. Ainda não existe vacina para FIV disponível no Brasil, deste modo, a testagem e conscientização de tutores e veterinários se configuram como a estratégia crucial para prevenção da doença, assim como na FeLV.

A testagem deve ser realizada em todos os gatos. E, neste cenário, os gatos recém adquiridos, principalmente vindos da rua, devem ser testados antes de entrarem no ambiente; os filhotes, antes da vacinação; gatos doadores de sangue, antes do procedimento; além de animais que têm acesso à rua e todo e qualquer felino doente e gatos que tiveram contato com soropositivos, o quanto antes.

Os testes de detecção viral podem ser divididos em duas categorias: direto que é a identificação de antígenos ou ácidos nucleicos, também de isolamento viral e indireto, sendo que basicamente é a detecção de anticorpo. A detecção de uma resposta humoral à glicoproteína transmembrana de FIV (gp40) com kits de PoCT é comumente usada para diagnosticar infecção por FIV, embora uma resposta humoral a epítopos da matriz de FIV e proteínas do capsídeo (p15 e p24, respectivamente) também ocorre e é o alvo para alguns kits de testes. Já a detecção de anticorpos para FeLV não é confiável para o diagnóstico da infecção, devido à resposta variável de anticorpos em gatos e ao potencial para “infecções abortivas”, de modo que todos os kits de testes FeLV PoCT atualmente disponíveis detectam o antígeno do capsídeo do vírus.

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Referências bibliográficas:

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