IMPACTO DOS GRUPOS SANGUÍNEOS E DA ALOIMUNIZAÇÃO NA DOENÇA HEMOLÍTICA DO RECÉM NASCIDO

IMPACTO DOS GRUPOS SANGUÍNEOS E DA ALOIMUNIZAÇÃO NA DOENÇA HEMOLÍTICA DO RECÉM NASCIDO

A descoberta dos grupos sanguíneos, no início do século XX, foi um dos grandes marcos da história da medicina e, atualmente, são conhecidos 339 antígenos desses grupos dos quais 297 se enquadram em um dos 33 sistemas de grupos sanguíneos reconhecidos pela Sociedade Internacional de Transfusão Sanguínea. Quando um indivíduo se expõe a um antígeno não próprio, acarreta formação de anticorpos, acontecendo a chamada aloimunização, isso ocorre, por exemplo, na transfusão de sangue incompatível e nas gestantes, cujos fetos expressam em suas células sanguíneas antígenos exclusivamente de origem paterna.

A doença hemolítica do recém-nascido (DHPN) é um quadro clínico no qual os glóbulos vermelhos são degradados ou destruídos pelos anticorpos da mãe e pode ocorrer se o sangue da mãe for incompatível com o sangue do feto. A DHPN pode causar hiperbilirrubinemia, anemia e, muito raramente, nas apresentações mais graves, morte. Os anticorpos mais comumente implicados nessa doença são o anti-D, anti-c e anti-Kell, seguidos por anti-C, anti-E, anti e, anti-Fyª e anti-Jkª. A pesquisa de anticorpos irregulares permite assim o diagnóstico de indivíduos aloimunizados e, consequentemente, permite às pacientes uma melhor caracterização da profilaxia e segmento pré-natal adequado.

Devido ao risco associado às transfusões e gestações futuras, hoje, tem-se procurado minimizar as chances de ocorrer a formação desses aloanticorpos antieritrocitários. Por isso, tem sido recomendado a realização de transfusão de sangue fenotipicamente compatível com os antígenos eritrocitários mais imunogênicos, como o Fya, Jka, E, c, por exemplo. Deste modo a a fenotipagem eritrocitária adquiri um papel essencial na confirmação desses aloanticorpos, facilitando a identificação de anticorpos que podem ser formados no futuro. A redução do índice de aloimunização e das reações hemolíticas, envolve a implantação de um programa de hemácias fenotipadas na rotina transfusional.

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Referências:

RODRIGUES AR.  Sistemas sanguíneos e aloimunização eritrocitária: Importância  biológica e relevância clínica. Obtenção de especialista em Hematologia Clínica, Academia de Ciência e Tecnologia, São José do Rio Preto, 2015.

BAIOCHI, Eduardo; NARDOZZA, Luciano Marcondes Machado. Aloimunização. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 31, p. 311-319, 2009.

CASTILHO, Lilian. O futuro da aloimunização eritrocitária. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, v. 30, p. 261-262, 2008.

WALTER, A. W. Doença Hemolítica do Recém-Nascido. MDS Manual, 2020. Disponível em: < https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-saúde-infantil/problemas-sanguíneos-no-recém-nascido/doença-hemolítica-do-recém-nascido>.

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